domingo, 25 de agosto de 2013

A marca dos 5000 views

          5 anos, 10 meses, 7 dias, 104 postagens, das quais 94 foram publicadas, 27 comentários, 3 cidades, 1 filha, 1 marido, 1 namorado e alguns amores depois o Pinkekeando atingiu a marca de 5000 views. Para mim uma marca muito legal.
          Me lembro do dia em que eu criei o blog,eu morava em Salvador e já tinha um tempo que eu tinha vontade de ter um espaço para colocar as minhas ideias, era um domingo como este e o que dominava era orkut e o msn. Ideia ainda tinha acento.
          Passei o endereço para alguns amigos e sempre que postava mandava o link para uns poucos, a intenção nunca foi atingir um alvo grande, para não criar um vínculo onde eu tivesse a obrigação de atualizar sempre.
          Aliás, já fiquei um ano sem postar e então eu fiz um post prometendo voltar mais constantemente, quase todos os dias...voltei quase um ano depois...hahaha (Fazendo estas contas então devo diminuir 2 anos da idade do blog?)
          E por falar em posts o assunto que eu mais falei aqui foi sobre sentimentos, 24 vezes, depois sobre mim (sinal que não me preocupo com a vida alheia) 17 vezes, falei bastante também sobre o amor (what?) 12 vezes. E eu tenho quase certeza que eu não coloquei marcador toda vez que eu falei sobre música, só tem 4 marcações.
          Eu de vez em quando releio minhas postagens e fico muito feliz em ver que eu melhorei muito. Me dá nos nervos encontrar erros de português, muitas vezes erros ridículos, inclusive de pontuação. Além de abreviar muito as palavras. Ainda hoje eu abrevio quando estou conversando, mas no blog prefiro não.
          Ah, e sabe qual foi o post mais visto? Foi a única vez que eu falei sobre futebol, o Vai Corinthians!!!, em segundo lugar está o Superação, acho forte, gosto dele, e em seguida vem a MINHA vida.
          O dia que mais teve visita foi este mês, dia 15, atingi a marca de 150 views no blog em 24 horas, a máxima tinha sido 40 e alguma coisa. Isso fez com que o post deste dia, Eu, o impossível chão ficasse em quinto lugar no ranking, e este foi, com certeza, o post mais difícil de escrever e o que eu mais expus, mas me fez muito bem, foi como desengasgar.
          Se baunilha fosse fruta... ainda é dos meus preferidos, eu rio sempre que eu leio, o Passarinha é o que eu acho mais delicado e A nossa história ainda me tira suspiros.
          Gosto muito quando as pessoas falam que vieram ao meu blog e se identificaram. Estes dias uma amiga falou que leu um poema que eu compartilhei no face e chorou. Eu respondi: Foi do Carpinejar o poema que eu compartilhei, e ela: É lindo, falando sobre a Solidão. Daí eu ri e disse, não, sobre a Solidão é meu!
          Não, eu não fico feliz porque alguém está triste, mas sim por ter meu objetivo como escritora atingido, alguém se identificou. =)
          Apesar de não almejar milhões de views em um dia e nem muitos comentários, fico feliz quando comentam e principalmente quando não está como Anônimo.
          Tentei escolher um post preferido, mas não tenho. Em termos técnicos eu acho que do ano passado pra cá eu arrebentei, melhorei muito (sem prepotência), eu percebo isso e já obtive alguns feedbacks que vieram confirmar.
          Apesar de não ter um preferido tem um que eu escrevi sobre Padrão Familiar e este foi o que mais trouxe pessoas até mim falando que se identificou e gostou muito do texto, modéstia a parte, eu realmente acho ele fuderoso. O que eu mais chorei relendo foi Reconhecendo o olhar e o que eu mais repassei mentalmente antes de escrever foi Meu conto de fadas.
          Reconstruindo também foi um marco e lendo ele depois do meio do ano eu ainda me identifico com o que eu desejei no fim do ano.
          E como não podia deixar de ser Participação muito mais do que especial ainda me enche de alegria e sempre que eu posso eu uso ele para incentivar Sofia a estudar, não que ultimamente tenha adiantado... :/
          Encomenda eu tive uma, e dei uma travada, mas escrevi e a pessoa que encomendou curtiu, aliás, eu ter travado foi um ensejo para o post Porque a vida nunca nos dá a resposta que queremos?.
          Enfim, eu pensei em fazer algo diferente, daí eu pensei: Sorteio! E então eu pensei: Vai no modismo Carolina? Todos os blogs fazem isso em busca de popularidade e essa não é a proposta do Pinkekeando, tudo bem, você é artesã e gosta de presentear com os seus produtos, mas enquanto eu pensava uma amiga, do nada, mandou uma mensagem inbox no face: Sedex tá muito caro. Desanimei...hahahaha. Depois eu comentei com ela sobre o blog e que eu pensei no sorteio, mas que talvez isso trouxesse uma popularidade em que me obrigasse a publicar mais no blog e enfim, não sei se estou preparada para isso, então por enquanto, nada de sorteio, mas, eu aceito presentes =), só mandar mensagens inbox, ou um comentário aqui mesmo...huahuahuahu
          Bem, de qualquer forma é legal estar aqui este tempo e ver que a proposta do blog não mudou, ainda falo sobre mim, sobre a vida, sobre filmes, músicas, política e a vida.
          O layout pouco mudou e rosa ainda é a minha cor preferida.
          Sejam sempre muito bem vindos e venham sempre ao Pinkekeando. Deem feedbacks, gosto deles. =)

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Solidão

Sem prévias licenças ela invade,
Como quem fosse convidada ela assenta-se.
Faz-se cruelmente presente.
Então vem os modernistas: -Só se sentirá feliz com alguém quando se sentires bem sozinho.

Ora, faça-me o favor, não nasci para viver só, se assim fosse não teria nascido ligada a um cordão umbilical
Gosto de gente, de movimento.
Gosto de risos, palavras, conversas jogadas fora e debates políticos.
A solidão arde.

É uma necessidade de demonstrar o quanto se vive bem sozinho,
O quanto está melhor após terminar um relacionamento, que eu realmente não entendo então porque esteve junto.
Esteve junto porque a companhia da pessoa é agradável? Por medo de estar sozinho? Para não passar atestado de "falido no amor"?
São tantos motivos que ligam as pessoas e depois elas simplesmente desdenham, como se aquela união tivesse sido a mais burra.
Bem, pode ter sido, mas a burrice foi sua, meu caro, minha cara.
É constrangedor ver sua alegria forçada em estar só.

A solidão segue de mãos dadas com a desilusão e há de se ter cuidado para não abraçar o amargor.
Ter momentos solitário é diferente de conviver com a solidão.
Cuidado ela chega sorrateiramente afetando seu humor e te faz acreditar que é mais sábio dividir-se consigo mesmo, e então quando menos esperar estará em cacos, sem ninguém que possa colar.
É agonizante.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Eu, o impossível chão

Ex-amor,
Gostaria que tu soubesses
O quanto eu sofri
Ao ter que me afastar de ti.
Não chorei!
Como uma louca eu até sorri,
Mas no fundo só eu sei
Das angústias que senti.

Sempre sonhamos
Com o mais eterno amor.
...mas não deu
Nos desgastamos
Transformamos tudo em dor.

Tudo foi transformado em dor nestes últimos 10 anos.
Tenho lembranças onde eu narrava para os outros com tudo tão florido e bonito, descrevendo sentimentos puros e honestos, mas a lembrança da vivência é outra.
Me lembro de falar que eu era amada, mas me lembro de estar só.
Me lembro de angústias apertando meu peito e minha cabeça atordoada, pensando sempre: E agora?
Dores inenarráveis para o que era dito como o mais perfeito amor.
Era uma noite de sexta, dia 15, no mês do cachorro louco, e eu me achava tão esperta...Era só uma menina de 21 anos.
Eu olho hoje para a minha história  e me sinto tão velha, e de repente talvez eu tenha apenas conhecido um conceito cruel do mundo cedo demais.

De repente, tudo que era admirado virou acusação.
Lembro-me nitidamente de Armênia falando: - Ele tirou sua inocência, Carol.
E eu em mais uma tentativa de conversa, que nunca aconteceu em todo este tempo, sim, nunca aconteceu uma conversa, houve apenas muitos apontamentos e acusações, eu chorava copiosamente e dizia, olha por tudo que eu estou passando, as coisas que eu sinto, o que eu conheci, até Armênia comentou.
Então, cruelmente, ouvi: - E ela queria o que? Que você continuasse aquela idiota que eu conheci?

Idiota? Eu tinha apenas 21 anos, conhecia alguma coisa do mundo, mas não a maldade na sua essência, ninguém sentia tanto prazer em me maltratar.
E eu fui cada dia mais acreditando que eu precisava estar ali, que eu não tinha outra saída, me emaranhei nesta teia, me prendi nela e cada dia mais esta teia foi me sufocando.
Drogas, traições, acusações, ciúmes, condenamentos, arquivos ocultos, fotos, desvio de caráter...
E eu ali, me sentindo culpada, imagina, fui acusada até pela sua mãe, por ela, que deveria te orientar, mas não tinha muito tempo para perceber o que se passava com você, enquanto você conhecia a perversidade.

Perversa, é, uma vez você disse que eu era cruel e perversa, hábito de acusar-me dos seus maus feitos.

Hoje não sou mais aquela menina, aliás, não tenho traço nenhum dela, habituei-me a estar na defensiva sempre. Tenho dificuldade em lidar com as pessoas, faço terapia e veja só, até remédio tive que tomar para me tirar da cama.
Terapia, ah! Te pedi tanto que fizesse uma, chorei para que fizesse comigo, mas o que fizemos juntos? O que plantamos juntos? Nem amigos. Os seus amigos não podiam ser meus amigos. Disse a todos que eu era louca, ciumenta. Não era eu, né? Sabemos que não!
Filmes como O Lenhador, Confiar fizeram parte da minha terapia para que eu entendesse que o problema não é, e nem nunca foi meu, mas mesmo assim doeu.

O que doeu mais? Perceber que não era eu a doente ou perceber que você meticulosamente jogava as suas culpas e horrores para cima de mim?
Não sei! Ainda acho que não é a toda hora que percebo. Ainda estou no processo de me reerguer.
Hoje mais forte que ontem, mas ainda com dores que transcendem meu emocional, sinto no físico. É devagar que se levanta e tenho tido apoios importantes e mais fortes que o seu trator que ainda insiste vir para cima de mim. Sozinha não consigo.

Mas se foi de tudo ruim? Não, não foi. Não repetiria nada, mas aprendi bastante.
É uma fase, uma etapa que está no fim.
Se terá vencedores? Bem, estou reaprendendo a sonhar e me socializar.
Tenho encontrado tranquilidade e paz.
Isso vale mais.

Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender.

Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar o inacessível chão

É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz

E amanhã se este chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu
Delirar e morrer de paixão

E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão.