quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Canto para minha morte

          Eu amo música, quantas vezes já falei por aqui que sou regida? Algumas duas vezes.
          E estes dias escutando uma boa música em alto e bom som eu pensei numa coisa, que eu nunca registrei que eu quero música no meu velório, música boa, de qualidade, óbvio.
          Raul, Gonzaguinha, Elis, Luiz Melodia, Chico, claro!, Legião, Roberto Carlos, Reginaldo Rossi, sim senhores, Janis, e mais um monte de músicas que eu amo ouvir.
          Como não pretendo ser enterrada e sim cremada, e pretendo viver mais uns 100 anos, lúcida, eu ainda terei tempo de adicionar muita coisa ao meu repertório, mas não deixem de colocar uma música bem alta e nada de aparecer com dor de cabeça e pedir para abaixar o som. NÃO, alto sim!
          Música boa é para se ouvir em um volume alto, cantar, interpretar, chorar, rir e tudo que se permite esta maravilha.
          Música é a essência do que vivemos, traduz o que sentimos, revela o que somos.
          Preciso de música para dirigir, para limpar a casa e até para pensar.
          Preciso de música para viver, logo preciso de música para morrer.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Ser feliz, como Leila Diniz

          Sim, eu vivo com o meu facebook aberto, mas raras vezes leio algo, de fato, interessante.
          Umas das pages que visito sempre para ler é o de Imagens Históricas, afinal sempre tem fotos com muitas informações interessantes.
          E ontem, visitando a page vi a foto, outrora, tão comentada, de Leila Diniz.
          Imagine você, que em plena gestação, Leila foi à praia de biquini =0.
          É Senhoras e Senhores, em plenos 1971, auge da Ditadura Militar, este era um ato ousado e considerado pela grande maioria uma pouca vergonha.
          Eis que li o texto, muito  bom, falando sobre a Leila  e a época em que viveu e resolvi ler os comentários. Fiquei abismada, por hoje, a grande Leila, ainda ser considerada uma despudorizada, pelas suas palavras e sobretudo atitudes.
          Assisti também um programa na internet, também indicado nos comentários, sobre ela, que se chama De lá Pra Cá, onde tem depoimentos de amigos da época, e citações de seus diários.
          Leila era amada, grandiosa, a frente do seu tempo.
          Fazia o que gostava, queria e a fazia feliz, sem medo, sem vergonha, sem baixarias.
          Não, ela não se expunha, ela apenas não se escondia atrás de máscaras, e por ser livre e feliz não era bem vista pela grande maioria da população.
          Li em alguma página, das que eu abri na minha pesquisa sobre ela, que se Leila Diniz fosse viva hoje em dia teria um blog e não chocaria ninguém. Eu duvido que não chocasse, afinal ela não chocava pelo fazer, mas pelo ser.
          Ser livre, ser espontânea, ser ousada, ser feliz, ser Leila Diniz.

          Segue link com a entrevista completa ao jornal "O Pasquim", entrevista dada por ela que mais causou reboliços, e eu também li em algum lugar que foi o exemplar mais vendido, só que isso eu não tenho fontes fidedignas para confirmar. http://www.omartelo.com/omartelo23/musas.html