quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Meu Conto de Fadas

          Sim, toda mulher tem um conto de fadas na cabeça.
          Uma música, uma história que viveu, ou que gostaria de viver ou ter vivido.
          Durante muito tempo a minha foi contada com a música do Nando Reis, Por onde andei, e o meu príncipe da época nem gosta do Nando.
          Esta letra para mim seria o pedido de desculpas ideal, era o que eu queria ouvir, era como eu queria que voltasse, era o reconhecimento que eu achava merecido.
          Afinal, quem não quer ser tudo aquilo que faltava? Quem não sonha com a volta do grande amor?
          Mas foi...

          Também já disse que na minha bodas de ouro a música seria Selin, do Raimundos, afinal era o som que nos fazia rir e nos identificar.
          Também foi...

          Poucos amores, tantas dores, muitas lembranças, várias risadas, histórias infinitas.
          Cada vez que ouço uma destas músicas lembro das fases, mas há tantas outras fases, quantas outras paixões e muito mais músicas.

          Sou uma mulher de sorte, que viveu, amou, chorou, sorriu e está vivendo.
          Tenho até músicas compostas especialmente para mim, sim, músicas, no plural. E dentre elas há uma verdadeira obra-prima, que fez parte de um conto de fadas, mas todo conto de fadas tem seu fim, que continuam acontecendo depois do felizes para sempre.
          Porém em outros livros há novas histórias para se contar, seja um conto de fadas, romance, comédia...nunca se sabe, até que se chegue ao fim.
          É sempre difícil fechar a contra-capa de um livro marcante, sentimos falta, por vezes voltamos a folear.
          Mas acabou, chegou ao fim.
          Hoje não vivo um conto de fadas, talvez aconteça um outro, talvez não, o importante é continuar escrevendo, sem repetir as histórias, apenas vivendo, aprendendo, alegrando-se, deixando acontecer, com começo, meio, sem esperar o fim, apenas consciente que se chegar há de se abrir um outro livro para escrever.

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